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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Tem alguém aí?



Estava me perguntando exatamente sobre “o que será mesmo que isso que estou sentindo agora quer me dizer?”, “Como passa?”, “Quando passa..”.  Tentando olhar pra tela do computador e trabalhar, mas hoje estou meio completamente nostálgica. Estou com saudade sabe? Saudade de casa, da minha mãe, saudade de caminhar no Espelho D’água às 5 da manhã e ver o sol nascer ou olha-lo se pôr da janela da sala de estar. Saudade de ouvir música alta no escuro do meu quarto e sentir que tá tudo bem, que é seguro, que vai dar certo... Não é que eu esteja triste ou desanimada, muito ao contrário, até que tenho estado bem. Mas sabe quando se está totalmente extasiado e olhando para o lado, não tem uma só pessoa com quem compartilhar esse momento? É meio isso. Felicidade incompleta! E se é incompleta, não é felicidade, é outra coisa... E faltam tantos pequenos pedaços, tão necessários, tão minimamente gritantes em suas ausências. Tem horas que eu me pergunto: Será que vale a pena? Mas nunca sei se é “sim” ou “não” o que a vida tem a responder.
Tem dias, como agora, que sinto isso, que entala minha garganta e sufoca meu peito, me tira o ar, o chão, me solta à mão, me abandona e me vem uma vontade de ter alguém só pra falar sobre todas essas dores que eu nem sei se sinto e todas essas vontades que vão e vem e me deixam, ora assim, ora de outro jeito, mas que não me permitem ser constante. E essa inquietude na alma me atormenta, por que se fosse assim, como querer saber o que tem do outro lado da rua, do outro lado da cidade, do outro lado da vida, até me conformaria, porque eu saberia que teria começo, meio e fim. Mas não é. É algo que vai além do que qualquer letra que eu exponha aqui, de qualquer frase formada desses meus pensamentos que não se encaixam. É vontade de ir não sei pra onde, fazer não sei o que e dessa maneira, viver.
E sendo assim, como é que se vivi?

Quem me diz...

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Tão tão distante



Estou tão longe de casa, mas estou em paz. esse tipo de paz que a gente encontra num sorriso bobo de um amor tranquilo. Me sinto leve, me sinto suave, me sinto brisa sempre em movimento. há em mim sentimentos contrários, vontade de dia e noite, tudo ao mesmo tempo. Queria tanto saciar em mim essa vontade de ter todas as respostas de todas as perguntas que meu coração insiste em fazer. Queria que os ciclos encerrassem e que a vida mostrasse para mim, enfim, porque vim. 
Queria que isso fosse real. Que fosse mesmo concreto. Que a paz fosse apenas paz. Que os dias fossem apenas vida. Que as noites fossem apenas sentir. Que o amor fosse apenas calma e que eu fosse apenas grata e feliz.
Estou tão longe de casa e de fato eu nem sei se eu queria estar aqui.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Classificados...

"Devo esclarecer que, para mim, piscar é uma espécie de vírgula que os olhos fazem quando querem mudar de assunto” (C. F. A.)




Morena, 1/4 de século já vividos, cabelo mediano (ex-cacheado), óculos, olhar sincero, sorriso predominate, baixinha, manteiga derretida, chora de tristeza, chora de alegria e chora quando está em paz, chora com música tranquila, com mais um amanhecer vivido, com filme de amor e com as tragédias do mundo. Ri de piada sem graça, com os amigos a toa, quando faz amor, ri sozinha na frente do computador. Fala alto, fala muito e as vezes fala demais. Tem uma mania irritante de ter opinião sobre tudo e de expo-la prontamente com argumentos plausiveis e bem analisados. Virginiana. Adora dar sermão. Adora ter razão. Adora ser lembrada. Adora caminhar sozinha as 5 da manhã. Adora chocolate, dia nublado e chuva forte. Adora ligações de madrugada. Adora girassol, lua mingante e não se importa em ser nostalgica e melancolica. Lilas, amarelo, às vezes laranja e vermelho também. Às vezes branco e preto. Vestidos longos e rasteiras, mas recentemente descobriu a maravilha de um bom all-star. Maquiagem.  Dormir tarde. Acordar tarde. Filmes (quase todos). Música (só a boa). Poesia (quase nunca).  Drama. Comédia. Ação. Violão. Sax. Piano. Violino. Sushi. Cachorro-quente. Pizza de chocolate. Batata-frita. Espaguetti à carbonara. Dança sozinha trancada no quarto. Dança sozinha no meio da rua. Dança quando tem vontade de dançar. Sociável. Bebe (quando dá vontade). Banho (a dois). Viagens (a dois). Canta (mal). Adora cachorro. Odeia gato (principalmente os que se chamam Jack). Sem prendas domésticas. Cozinha (muito mal). Odeia faxina. Odeia beterraba. Odeia segunda-feira. Odeia gente fresca. Odeia surpresa. Odeia música brega. Odeia barulho repetitivo. Odeia levar sermão. Odeia frio. Mau-humor. Exatas. Humanas também. Multidão, pouca gente, solidão (tanto faz). Verdades. Conchinha. Fazer amor antes de dormir. Fazer amor quando acordar. Explicito. Hipérbole.  Impaciente. Curiosa. Chata. TPM. Preguiça. Feliz. Triste. Companheira. Egoista. Calor. Suco de manga. Sinusite. Natal. Feriado. Sexta feira.Surtos Psicossomáticos...


Procura: Um coração tranquilo e que aceite o desafio de uma vida monogâmica-nada-tediante.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Viver

"Você morta, eu congelado e mesmo assim ainda te amo!" (Vanilla Sky)





 
Espelho D'Água - Sobral/Ce


Cada minuto se tornou dias, as horas se tornaram anos.. E os dias viraram eternidade e os momentos foram se apagando. Seu sorriso se tornou lembrança vaga e as lembranças que já haviam, se tornaram meros flocos de neve, que degelavam com o raiar do sol. Dormir já fazia sentido e abrir os olhos, na manhã seguinte, já não doía mais. Os pássaros cantando as 4 da manhã, era um alivio e como toda cura que só vem com o tempo e com a solidão, foi cicatrizando. Já não havia culpa em ser feliz. E o amanhecer voltou a ser seu horário preferido. Chorava ainda em momentos escassos, porque humana era, e sentimento ainda havia. Mas a vida voltou a sua simplicidade costumeira, como dois e dois são quatro. Como quando o céu está meio azul, meio purpura, meio alaranjado, meio avermelhado, como se fosse possível haver várias metades de um ser. E os momentos passaram a ser outros. E as vontades só aumentaram com o passar do tempo. E havia em si certezas confortadoras. Dessas que acalmam a alma, como carinho de mãe. E a solidão, era a amiga mais fiel, porém já não era mais triste. E ser feliz deixou de ser o objetivo que nunca vinha, desejo que não se alcançava. Ser feliz deixou de ser a principal meta e passou a ser doce rotina.
Pois cada minuto se tornou dias, as horas se tornaram anos.. E os dias viraram eternidade e a eternidade já não era mais problema algum...

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Do lado de cá... Pro lado de lá...



Nessa noite chorosa de chuva, ele é a companhia mais intrigante pra ela. Eles trocam essas palavras a toa pelo computador e ele a responde com tanta eficiência que ela nem consegue duvidar.

O mais estranho é isso, entre tantas lagrimas e tantos desesperos, eles foram felizes.. Eles riram demais, se divertira, demais, se entregaram demais.

Ela ta aqui, chorando. E ele ta ali, com ela.

Ela ta aqui, boba e perdida. E ele ta aqui, segurando sua mão. Lhe fazendo rir...

Estranho como ele diz as coisas e elas fazem sentido, se encaixam perfeitamente e isso a irrita.

É ela sabe, eles se amaram. Se amaram muito. Se amaram “até o pó”... Com direito a momentos tolos, musicas, lugares e fotografias... E ela sabe que ele sempre esteve ao seu lado, nesse encontro de almas perdidas... Que quando ela ligou, ele veio. Quando ela ligou, ele foi lhe buscar. Quando precisou, ele a fez rir de piadas sem graça, contadas estrategicamente pra ela parar de chorar.

Ele e essa teoria maluca de que só se ama uma vez. Que ela não concorda nenhum pouco. Que já discutiram tantas vezes, juntos e separados. Ela, e suas indagações sobre quando, como e porque...

    - A gente era feliz, não era? A gente se amou, não amou?

    - Claro que sim... Sempre!

    - O que deu errado? Por que quando paro e penso em nós... Era tão bom!

    - Eu não tinha a maturidade que tenho hoje.

    - ...

    - Você é a mulher da minha vida.

Ele é importante, não mais como antes, mas, sempre terá esse espaço no coração dela. Na vida, não mais... Afinal de contas, eles trataram de estragar o que havia, né? Culpa dela, culpa dele... Mas, é isso mesmo. Agora, o que resta, alem de seguir em frente, é conversar por acaso, a toa, lembrar dos encontros nos banhos de chuva, do barulho da cozinha as 23:00hrs, das “caronas” na volta do trabalho, das batata-fritas... Das historias intermináveis que começavam meia noite de sexta feira e acabavam só no final de domingo. Eram tantas... Eram boas!

A conversa segue e ela não chora mais. Ele conseguiu mas uma vez. Ela esta em paz. Uma paz que só ele traz.

- Eu sempre estarei aqui pra voce. E eu sei que quando voce estiver bem, voce vai sumir novamente, não vai me dar noticias, que vou saber de voce pelos outros... mas... tudo bem. Não me importo. Sempre que precisar, estarei aqui... Como voltei quando voce pediu, de outra cidade... Como voltei quando voce pediu, de outro estado...

- ...

Ela não tem resposta a dar. Sabe que é verdade. Sabe que ele sempre esteve com ela, mesmo quando não devia. E o que era pra atormentar, acalma. E o que era pra complicar, alivia... “Será verdade mesmo tudo isso?”, é o que ela sempre pergunta... “Será esse sentimento de verdade?”, “Será?” Quem sabe, né?

O importante mesmo é que agora ela ri. E lá fora não chove mais...

E do outro lado, ele, ainda segura sua mão.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

...


É olhar as nuvens cinzas na estrada, com aquela musica que me entorpece como se ao passo de cada minuto tudo pudesse acabar. Na verdade é só começo. E começa sempre por um ponto simples, sempre por um passo lento, sempre com um plano sem fundamento. Começo, que eu queria tanto que já fosse meio, totalmente desenvolvido, total, entre movimento, mas não é. E me conformo. Calmamente, como uma brisa na face e a primeira gota de chuva ao tocar o chão, a vida segue, compassadamente num ritmo que não se encaixaria, se acaso hoje, ainda fosse à mesma.

Me contenho, tentando não encher meu coração de lamentos. É que a vida prega peças. Nos mostra o que queremos antes mesmo de poder pegar. Eu fico aqui, sentindo vontade do que não existiu nem mesmo em meus sonhos mais bobos, em meus momentos mais simples. Minha tristeza é invisível, mas ela vive, bem aqui. Não é que eu vá morrer de infelicidade, mas afinal, quem quer ser infeliz por um segundo que seja? Eu quero apenas viver, nesses momentos bobos, com amigos bons, risadas tranquilas, viagens planejadas, vontades na alma e no coração. Chorar, eu até choro... Mas choro pra mim, choro pra dentro, a cada suspiro que dou

Eu prefiro assim, aqui dentro, aqui quente, aqui forte... Aqui, vivo! Por que eu estou assim... Vivendo e morrendo todos os dias. Vivendo e tentando, todos os dias. Vivendo e querendo todos os dias... Ate o dia que meu coração vai parar de tanto querer respirar...

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Minguante


É como ser feliz, simples como o piscar de olhos ao despertar do sono, o sentir respirar, como ver a lua no céu, ou acordar 5 da manhã pra andar com um amigo do passado, presente ausente, incerto futuro. E viver pra ver o mundo girar e os dias passarem tão rapidamente que ja é natal aqui em mim, enquanto as lembranças do natal passado ainda nem sairam do meu coração.
Você e essas suas brigas constantes de argumentos plausiveis. Você quer tanto dividir o mesmo espaço geografico e nem nota que eu quero te entregar a mim por inteiro pelo resto de nossas vidas. E me sinto feliz, com esse sopro de vida na alma, ao planejar a cor das paredes, os móveis da sala... o vasinho num canto de uma janela qualquer. Que agora eu to aqui andando e pensando, sentindo o vento tocar minha face, nesses meus 15 minutos de prazer insano em que meus pensamentos mais sinceros sao totalmente meus e que me entrego totalmente a mim. Mesmo que quando eu chegue em casa, as palavras não me venham mais a mente pra que eu possa reproduzir aqui nesse texto bobo o que transborda no meu coração.
Meus amigos andam por ai e nem sei mais se estão bem, se estão mal... mas sei que estão. Que to tendo esse meu momento egoista de querer ser toda minha, de querer me dividir, ainda que de maneira injusta, 40 - 60, com uma pessoa só.
Eu to pensando no ano que vem... nas brigas sob o mesmo teto, no dormir coberta por companhia, no acordar e te ouvir respirar. Eu to pensando que vai dar tudo certo, mesmo que agora você esteja ai longe de mim, do outro lado do computador, ignorando minha existecia, unica e exclusivamente, por que você é bobo e birrento. E quando penso nisso e me dá vontade de chorar, lembro que estou feliz.
Porque eu vi a lua minguando la fora e lembrei de você...

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

1/4 de século


O que seria de mim hoje se nesse meu primeiro quarto de século eu não tivesse vivido exatamente o que eu vivi? Se não tivesse feito as escolhas que fiz, sentido os medos que senti, chorado as dores que chorei... Se não fossem os arrependimentos vindos, por mais que tardios. Ou as escolhas erradas que me fizeram quebrar a cara. Se a vida não tivesse me mostrado, ora mãe, ora madrasta, como de fato ela é. Se minhas risadas a toa não houvesse existido e se meus gritos no silêncio do meu quarto houvessem sido escutados... Quem será que eu seria?

O que de fato me assusta não é uma fração de século de vida que não volta mais. Nem meu olhar um pouco cansado, minha voz com esse tom adulto, meus pensamentos e minhas atitudes, um pouco mais maduros. O que de fato me assusta não é a solidão dos dias que gosto de sentir. Nem eu ainda ter esperança de que as pessoas vão ser mais “sim” do que “não”. O que de fato me assusta, sou eu aqui agora, sozinha. Pensando na vida e chegando a conclusão alguma, a resposta nenhuma.

O que eu quero da vida hoje, não é o que eu queria ontem, antes de ontem... ano passado... década atrás. O que quero da vida hoje é tão somente um mundinho perfeito, com nuvens cinzas, que me deixem ver o sol se pôr e a lua cheia chegar. Onde eu tenha um abraço apertado me esperando, um sorriso no rosto por mim e pra mim, uma vontade imensa e reciproca de ser e estar. O que quero da vida é que ela perceba que eu to tentando, devagar, mas tentando. Ser melhor, ser alguem, ser amiga... mas que as vezes é difícil.

Que eu choro de felicidade, choro de tristeza, choro de raiva, choro de solidão. Que eu rio de quase tudo, rio a toa, rio do vento, rio pro tempo. Que eu sinto medo, sinto alegria, sinto vontades... Que eu me desaponto, e desaponto, e a minha imperfeição é a maior certeza que trago comigo.

Nesse um quarto de século que se foi... Eu errei, acertei... Fui triste e fui feliz... Fiz amigos, perdi amigos... Tive vontades e desvontades... Amei e desamei... Vivi.

Nesse segundo quarto de século eu me desejo tudo novamente, com uma intensidade mais sucinta. Quero errar menos e acertar mais. Ser mais feliz que triste. Fazer mais amigos e não perdê-los, conservar os que estão comigo até aqui. Quero que as vontades sejam mais duradouras e as desvontades também. E quero um amor pra vida toda... o amor!


Viver...



Feliz aniversário pra mim!


terça-feira, 1 de junho de 2010

...

Há em mim essa solidão incessante. Me persegue, me irrita, se faz presente todo dia e me vence pelo cansaço. Minha insatisfação comigo mesmo se reflete nas rugas que já aparecem no meu rosto, nas minhas noites mal dormidas, não dormidas. Os pensamentos me atordoam, me angustiam, me incomodam bem no meio da noite, bem na penumbra do meu quarto, se transformando em vultos diante da pseudo-escuridão. Não há um só dia que eu não queira fugir, um só dia que eu não queira não querer mais esse querer.
São sempre assim esses meus momentos comigo mesma, sempre cansativos por conta desse pesar... Me sinto fraca... esgotada... Me sinto só.

Isso me mata!

quinta-feira, 8 de abril de 2010

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Isso é só hoje!



Sabe, hoje to com uma vontade de chorar. Dessas vontades que vem, com motivos claros, óbvios e sofridos... Mas é tão injusto, pois é... Tão injusto eu ainda estar aqui, nessa fossa boba a troco de nada. É eu sei, e isso me irrita tanto, me machuca tanto, essa fraqueza que me estrangula a alma e eu odeio tudo isso. E essa falta de vontade que me sufoca. As vezes eu acho que um dia isso ainda vai me matar. Acordar nessa vida que é uma montanha russa torta. Eu to tonta! E a vontade de chorar que já ta aqui, os olhos ardendo, aquela musica tocando no ouvido... Aquela musica que eu não quero ouvir, não posso ouvir... E isso me mata! Mas sabe, apesar da vontade eu não vou chorar... Não vou, porque meus amigos tão aqui e a gente vai já ali fazer algo que vai me fazer esquecer o mundo, esquecer de tudo, e vou ter 15 minutos, uma hora ou duas de felicidade... 
E se mais tarde no silêncio do meu quarto eu tiver ainda com essa vontade estúpida de chorar... Tudo bem: eu choro, depois durmo e amanhã é outro dia!




quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

"E o que vai ficar na fotografia ...
...São os laços invisiveis que haviam "

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Ah... Que eu nem sei!


* Espelho D'água - Sobral/Ce

É que me perco em meio a tantas vontades e desvontades de viver. Sei lá, às vezes só quero ser, estar, permanecer, continuar, na minha cama, no meu quarto, no meu mundo. Ali é tão seguro, tão confiável, tão confortável. Não creio que alguém me magoaria ali. Enfim...
Hoje a segunda feira veio com um amanhecer sublime, perfeito... Céu azul, límpido e claro. E por quinze minutos ou trinta ou mais, me perdi da realidade, fugi de mim mesma e fui pra longe, tão longe... De tudo que me cerca. E me encontrei! Me peguei feliz por motivo algum e agradeci o simples fato de estar ali, de estar aqui, de estar... E pedi um continuar. Uma reticências que prolongasse meu permanecer bem! E aqui estou. Bem! Bem? Bem... Coisas da vida né?
Nem sei se daria pra descrever sem parecer clichê as sensações que vivo, e todas essas coisas que de repente vem a minha mente. Vem e vão! Como as ondas no mar. Ah, que saudade do mar... Do cheiro do mar, da cor do mar, da sensação do mar... E de todos os momentos que vivi perto dele!
E vivi. Com tanta alegria e felicidade dispersa a mim que nem notei todas as vezes que a tristeza veio me sufocar, me arrancar lágrimas, me fazer lançar pra fora as maiores verdades de sentimentos que já existiu em mim.
E vivi. Sorrateiramente, mostrando-me da maneira que deveria ser, de alegrias, tristezas, raivas, mágoas e tudo mais, que se transformavam em uma confusão que camuflava apenas um pedido de ajuda que eu quisesse gritar aos quarto ventos.
E vivi. E me perdi, me achei, me sub-julguei forte, me sub-julguei fraca. Me defini, me rotulei e depois vi a desnecessariedade de tudo aquilo e descartei meu invólucro, joguei fora a minha embalagem e me permiti a nudez da realidade.
E vivi. Sem incomodar ninguém, sem fazer muita diferença a outros ao meu redor. Permaneci ali e quase ninguém, ou ninguém, me notou. E eu nem me importo com isso! Por que gosto mesmo é da solidão de estar comigo mesma. Das conversas que tenho comigo mesma no espelho e das risadas que dou sozinha das historias que invento bem ali no meu mundo, no meu quarto, na minha cama, tão seguro, tão confiável, tão confortável. Que só cabe a mim e a ninguém mais.