"O vento mistura o pó laranja, deixa cair a lavanda retocando a minha bagagem. E é assim que o meu relógio marca a hora de ficar."
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Tem alguém aí?
sexta-feira, 22 de abril de 2011
Tão tão distante
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Classificados...
Procura: Um coração tranquilo e que aceite o desafio de uma vida monogâmica-nada-tediante.
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
Viver
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Do lado de cá... Pro lado de lá...

Nessa noite chorosa de chuva, ele é a companhia mais intrigante pra ela. Eles trocam essas palavras a toa pelo computador e ele a responde com tanta eficiência que ela nem consegue duvidar.
O mais estranho é isso, entre tantas lagrimas e tantos desesperos, eles foram felizes.. Eles riram demais, se divertira, demais, se entregaram demais.
Ela ta aqui, chorando. E ele ta ali, com ela.
Ela ta aqui, boba e perdida. E ele ta aqui, segurando sua mão. Lhe fazendo rir...
Estranho como ele diz as coisas e elas fazem sentido, se encaixam perfeitamente e isso a irrita.
É ela sabe, eles se amaram. Se amaram muito. Se amaram “até o pó”... Com direito a momentos tolos, musicas, lugares e fotografias... E ela sabe que ele sempre esteve ao seu lado, nesse encontro de almas perdidas... Que quando ela ligou, ele veio. Quando ela ligou, ele foi lhe buscar. Quando precisou, ele a fez rir de piadas sem graça, contadas estrategicamente pra ela parar de chorar.
Ele e essa teoria maluca de que só se ama uma vez. Que ela não concorda nenhum pouco. Que já discutiram tantas vezes, juntos e separados. Ela, e suas indagações sobre quando, como e porque...
- A gente era feliz, não era? A gente se amou, não amou?
- Claro que sim... Sempre!
- O que deu errado? Por que quando paro e penso em nós... Era tão bom!
- Eu não tinha a maturidade que tenho hoje.
- ...
- Você é a mulher da minha vida.
Ele é importante, não mais como antes, mas, sempre terá esse espaço no coração dela. Na vida, não mais... Afinal de contas, eles trataram de estragar o que havia, né? Culpa dela, culpa dele... Mas, é isso mesmo. Agora, o que resta, alem de seguir em frente, é conversar por acaso, a toa, lembrar dos encontros nos banhos de chuva, do barulho da cozinha as 23:00hrs, das “caronas” na volta do trabalho, das batata-fritas... Das historias intermináveis que começavam meia noite de sexta feira e acabavam só no final de domingo. Eram tantas... Eram boas!
A conversa segue e ela não chora mais. Ele conseguiu mas uma vez. Ela esta em paz. Uma paz que só ele traz.
- Eu sempre estarei aqui pra voce. E eu sei que quando voce estiver bem, voce vai sumir novamente, não vai me dar noticias, que vou saber de voce pelos outros... mas... tudo bem. Não me importo. Sempre que precisar, estarei aqui... Como voltei quando voce pediu, de outra cidade... Como voltei quando voce pediu, de outro estado...
- ...
Ela não tem resposta a dar. Sabe que é verdade. Sabe que ele sempre esteve com ela, mesmo quando não devia. E o que era pra atormentar, acalma. E o que era pra complicar, alivia... “Será verdade mesmo tudo isso?”, é o que ela sempre pergunta... “Será esse sentimento de verdade?”, “Será?” Quem sabe, né?
O importante mesmo é que agora ela ri. E lá fora não chove mais...
E do outro lado, ele, ainda segura sua mão.
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
...

É olhar as nuvens cinzas na estrada, com aquela musica que me entorpece como se ao passo de cada minuto tudo pudesse acabar. Na verdade é só começo. E começa sempre por um ponto simples, sempre por um passo lento, sempre com um plano sem fundamento. Começo, que eu queria tanto que já fosse meio, totalmente desenvolvido, total, entre movimento, mas não é. E me conformo. Calmamente, como uma brisa na face e a primeira gota de chuva ao tocar o chão, a vida segue, compassadamente num ritmo que não se encaixaria, se acaso hoje, ainda fosse à mesma.
Me contenho, tentando não encher meu coração de lamentos. É que a vida prega peças. Nos mostra o que queremos antes mesmo de poder pegar. Eu fico aqui, sentindo vontade do que não existiu nem mesmo em meus sonhos mais bobos, em meus momentos mais simples. Minha tristeza é invisível, mas ela vive, bem aqui. Não é que eu vá morrer de infelicidade, mas afinal, quem quer ser infeliz por um segundo que seja? Eu quero apenas viver, nesses momentos bobos, com amigos bons, risadas tranquilas, viagens planejadas, vontades na alma e no coração. Chorar, eu até choro... Mas choro pra mim, choro pra dentro, a cada suspiro que dou
Eu prefiro assim, aqui dentro, aqui quente, aqui forte... Aqui, vivo! Por que eu estou assim... Vivendo e morrendo todos os dias. Vivendo e tentando, todos os dias. Vivendo e querendo todos os dias... Ate o dia que meu coração vai parar de tanto querer respirar...
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Minguante

Você e essas suas brigas constantes de argumentos plausiveis. Você quer tanto dividir o mesmo espaço geografico e nem nota que eu quero te entregar a mim por inteiro pelo resto de nossas vidas. E me sinto feliz, com esse sopro de vida na alma, ao planejar a cor das paredes, os móveis da sala... o vasinho num canto de uma janela qualquer. Que agora eu to aqui andando e pensando, sentindo o vento tocar minha face, nesses meus 15 minutos de prazer insano em que meus pensamentos mais sinceros sao totalmente meus e que me entrego totalmente a mim. Mesmo que quando eu chegue em casa, as palavras não me venham mais a mente pra que eu possa reproduzir aqui nesse texto bobo o que transborda no meu coração. Meus amigos andam por ai e nem sei mais se estão bem, se estão mal... mas sei que estão. Que to tendo esse meu momento egoista de querer ser toda minha, de querer me dividir, ainda que de maneira injusta, 40 - 60, com uma pessoa só.
Eu to pensando no ano que vem... nas brigas sob o mesmo teto, no dormir coberta por companhia, no acordar e te ouvir respirar. Eu to pensando que vai dar tudo certo, mesmo que agora você esteja ai longe de mim, do outro lado do computador, ignorando minha existecia, unica e exclusivamente, por que você é bobo e birrento. E quando penso nisso e me dá vontade de chorar, lembro que estou feliz.
Porque eu vi a lua minguando la fora e lembrei de você...
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
1/4 de século

O que seria de mim hoje se nesse meu primeiro quarto de século eu não tivesse vivido exatamente o que eu vivi? Se não tivesse feito as escolhas que fiz, sentido os medos que senti, chorado as dores que chorei... Se não fossem os arrependimentos vindos, por mais que tardios. Ou as escolhas erradas que me fizeram quebrar a cara. Se a vida não tivesse me mostrado, ora mãe, ora madrasta, como de fato ela é. Se minhas risadas a toa não houvesse existido e se meus gritos no silêncio do meu quarto houvessem sido escutados... Quem será que eu seria?
O que de fato me assusta não é uma fração de século de vida que não volta mais. Nem meu olhar um pouco cansado, minha voz com esse tom adulto, meus pensamentos e minhas atitudes, um pouco mais maduros. O que de fato me assusta não é a solidão dos dias que gosto de sentir. Nem eu ainda ter esperança de que as pessoas vão ser mais “sim” do que “não”. O que de fato me assusta, sou eu aqui agora, sozinha. Pensando na vida e chegando a conclusão alguma, a resposta nenhuma.
O que eu quero da vida hoje, não é o que eu queria ontem, antes de ontem... ano passado... década atrás. O que quero da vida hoje é tão somente um mundinho perfeito, com nuvens cinzas, que me deixem ver o sol se pôr e a lua cheia chegar. Onde eu tenha um abraço apertado me esperando, um sorriso no rosto por mim e pra mim, uma vontade imensa e reciproca de ser e estar. O que quero da vida é que ela perceba que eu to tentando, devagar, mas tentando. Ser melhor, ser alguem, ser amiga... mas que as vezes é difícil.
Que eu choro de felicidade, choro de tristeza, choro de raiva, choro de solidão. Que eu rio de quase tudo, rio a toa, rio do vento, rio pro tempo. Que eu sinto medo, sinto alegria, sinto vontades... Que eu me desaponto, e desaponto, e a minha imperfeição é a maior certeza que trago comigo.
Nesse um quarto de século que se foi... Eu errei, acertei... Fui triste e fui feliz... Fiz amigos, perdi amigos... Tive vontades e desvontades... Amei e desamei... Vivi.
Nesse segundo quarto de século eu me desejo tudo novamente, com uma intensidade mais sucinta. Quero errar menos e acertar mais. Ser mais feliz que triste. Fazer mais amigos e não perdê-los, conservar os que estão comigo até aqui. Quero que as vontades sejam mais duradouras e as desvontades também. E quero um amor pra vida toda... o amor!
Viver...
Feliz aniversário pra mim!
terça-feira, 1 de junho de 2010
...
São sempre assim esses meus momentos comigo mesma, sempre cansativos por conta desse pesar... Me sinto fraca... esgotada... Me sinto só.
Isso me mata!
quinta-feira, 8 de abril de 2010
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Isso é só hoje!
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
Ah... Que eu nem sei!
* Espelho D'água - Sobral/Ce
É que me perco em meio a tantas vontades e desvontades de viver. Sei lá, às vezes só quero ser, estar, permanecer, continuar, na minha cama, no meu quarto, no meu mundo. Ali é tão seguro, tão confiável, tão confortável. Não creio que alguém me magoaria ali. Enfim...
Hoje a segunda feira veio com um amanhecer sublime, perfeito... Céu azul, límpido e claro. E por quinze minutos ou trinta ou mais, me perdi da realidade, fugi de mim mesma e fui pra longe, tão longe... De tudo que me cerca. E me encontrei! Me peguei feliz por motivo algum e agradeci o simples fato de estar ali, de estar aqui, de estar... E pedi um continuar. Uma reticências que prolongasse meu permanecer bem! E aqui estou. Bem! Bem? Bem... Coisas da vida né?
Nem sei se daria pra descrever sem parecer clichê as sensações que vivo, e todas essas coisas que de repente vem a minha mente. Vem e vão! Como as ondas no mar. Ah, que saudade do mar... Do cheiro do mar, da cor do mar, da sensação do mar... E de todos os momentos que vivi perto dele!
E vivi. Com tanta alegria e felicidade dispersa a mim que nem notei todas as vezes que a tristeza veio me sufocar, me arrancar lágrimas, me fazer lançar pra fora as maiores verdades de sentimentos que já existiu em mim.
E vivi. Sorrateiramente, mostrando-me da maneira que deveria ser, de alegrias, tristezas, raivas, mágoas e tudo mais, que se transformavam em uma confusão que camuflava apenas um pedido de ajuda que eu quisesse gritar aos quarto ventos.
E vivi. E me perdi, me achei, me sub-julguei forte, me sub-julguei fraca. Me defini, me rotulei e depois vi a desnecessariedade de tudo aquilo e descartei meu invólucro, joguei fora a minha embalagem e me permiti a nudez da realidade.
E vivi. Sem incomodar ninguém, sem fazer muita diferença a outros ao meu redor. Permaneci ali e quase ninguém, ou ninguém, me notou. E eu nem me importo com isso! Por que gosto mesmo é da solidão de estar comigo mesma. Das conversas que tenho comigo mesma no espelho e das risadas que dou sozinha das historias que invento bem ali no meu mundo, no meu quarto, na minha cama, tão seguro, tão confiável, tão confortável. Que só cabe a mim e a ninguém mais.