quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Nossa canção de amor que ainda não se fez

(...)O meu amor tem um jeito manso que é só seu
Que me deixa maluca, quando me roça a nuca
E quase me machuca com a barba mal feita
E de pousar as coxas entre as minhas coxas
Quando ele se deita

O meu amor tem um jeito manso que é só seu
De me fazer rodeios, de me beijar os seios
Me beijar o ventre e me deixar em brasa
Desfruta do meu corpo como se o meu corpo
Fosse a sua casa

Eu sou sua menina, viu? E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz.
O meu amor - Chico Buarque




Deixa que canto baixinho essa música sobre nós dois, com esse tom doce e suave que você tanto gosta, enquanto entrelaço os dedos nos teus cabelos e sigo até afagar tua barba, sentindo o vento levando o sol pra mais uma noite nossa chegar e eu poder fechar os olhos e cantarolar o que ninguém ainda compôs porque ninguém sabe como a gente se conheceu, onde a gente se deu a mão e não mais soltou ou o caminho que a gente percorreu nessa escolha de verdadeiramente se enxergar e se entregar exponencialmente a uma historia tão cheia de clichês como exige sempre todo amor.

Deixa eu cantar sobre como foi o meu dia, com essas mil palavras que saem ao mesmo tempo, porque tenho essa necessidade de explicar milimetricamente cada detalhe de cada suspiro que dei só pra te fazer presente, porque na letra da nossa canção você vai ouvir que esteve lá o tempo todo... E estava.  

Deixa eu cantar sobre todas as cores que existem no mundo dos teus sonhos e desejos, que nem  sempre é colorido, as vezes muda pra uma escala variada de tons de cinza, marcando essa distancia que  insiste em existir, mas que não é suficiente pra me impedir de te explicar que poderia ter escolhido não te amar, mesmo te amando desde o dia seguinte ao que nos conhecemos, em nossos “43200” segundos de risadas, conversa a toa e  sentimento mútuo, estranhamente  crescente,  que me mostraria depois  por “A” mais “B” que não te ter já não seria possível num corpo que inteiramente já era tão teu só de ouvir o som da sua voz.

Então deixa eu te cantar sobre esse sentimento que sinto, meio bossa-nova ou talvez um samba de fim de tarde olhando a lua acender o céu sobre o imensidão do mar. Deixa eu te cantar sobre as vibrações que você causa na minha pele e o sorriso que você estampa no meu rosto em cada abraço que me dá. Deixa eu te cantar que meu coração é teu, meu corpo é teu e que eu sou tua. Mas deixa eu te cantar sobre o meu amor que é tão e somente teu. Simples e bonito. Em cada verso dessa canção que se resumiria em “Eu te amo”.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Feliz Aniversário

"Não se esqueça
Por enquanto
De esquecer alguma coisa pela casa
E vir buscar do nada

Nem vi você chegar
Foi como ser feliz de novo"


O que sinto por você é simples. É amor. Calmo, franco, limpo, direto. Amor e pronto. Amor do jeito que eu sempre quis amar. Amor que eu sempre quis viver...

É amor que me acalma, que me anima, que me faz ter o coração que bate-batendo-quase–saindo-pela-boca só de imaginar te tocar. Amor que segura a minha mão e vai, me leva, pra perto, pra longe, pra onde for, mas nunca me deixa sozinha. É amor e vontade de ser melhor, vontade de ser maior. Vontade de virar “um” no abraço. Amor que dá vontade de estar perto o tempo todo, todo o tempo e que me enche de saudade feliz.

É amor que transforma a distância em bobagem, que cabe entre nossos pés, nossos olhos. Que acaba na nossa vontade de estar aqui. Num sentido que agora faz, em cada momento que a gente ri junto de uma bobagem qualquer. De cada segundo de “não fazer nada” que se torna em algo que marca. É gratidão.

É simples... É você. Meu parceiro de cantoria e batucada. Meu melhor amigo. Meu maior amor. A pessoa que me faz acreditar nos motivos que a vida tem, nas voltas que o mundo dá, em tudo que se tem que passar pra de fato começar a viver.  É você que quero ao meu lado nos dias de chuva, nas manhãs cinza, nas tardes de arco íris e no por do sol mais avermelhado, que mancha o céu de cor.  Nas noites de lua cheia, minguante, nova ou crescente. Nas pernas entrelaçadas sob as cobertas aos abraços apertados no amanhecer.

E nada, nenhuma palavra a mais, por mais clichê, ou brega, ou démodé que seja, nada mais que eu fale, ou pense, ou sinta, não conseguiria escrever nesse pequeno espaço de tempo. Vou precisar no mínimo de uma vida inteira, de várias publicações, todos os jornais escritos, livros, todas as canções de amor... Vou precisar apenas de todas as vidas que ei de viver pra conseguir descrever que é amor. Apenas...
Amor é o que vivo por ti.

Feliz Aniversário!


terça-feira, 18 de junho de 2013

Nota mental

"O ímpeto do meu ser anseia liberdade...Vento no rosto... Gargalhadas sinceras... Espontaneidade... Olhares sedentos sempre em busca de si mesmo, do outro, da vida."



É entre as frestas das horas, nessas noites frias e vazias, que me percebo em meio a solidão.
Sentindo o peso dos meus pensamentos, da minha alma já tão cansada, dos tormentos, dessas vontades inacabadas que persistem em meu coração.
Parece que felicidade é sonho distante, daquelas épocas em que banho de chuva não remetia a nostalgia e a música que tocava, embalava todos os momentos, vida a dentro, repetindo sempre e sempre, me entorpecendo desse sentimento meio louco, essa alegria a toa que enche a boca de gargalhadas  bobas sem explicação. É bem essa saudade que dá, essa que tô falando agora, que tô sentindo agora. Essa saudade de sentir o aroma de vida, narinas a dentro, inflando meus pulmões de ar. Essa saudade de ter os pés descalços correndo no chão frio e molhado, indo sem rumo, de encontro ao incerto e mesmo assim tão paradoxalmente seguro. É esse tipo de saudade, que me norteando de vontade,  me faz procurar uma caneta as pressas, em meio a toda a bagunça da minha mochila, buscar o primeiro pedaço de papel que tiver estrategicamente disponível e compassadamente escrever:

- Nota mental: Deixar de existir.  Viver!