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quarta-feira, 2 de abril de 2008

Essas coisas de mãe


Ontem tive uma discussão daquelas com minha mãe, tudo por uma questão de hermenêutica. Cheguei em casa, muito bem acompanhada, diga-se de passagem. E obviamente que uma das melhores partes da noite se encontra ai, em frente de casa, dentro do carro, chuva, música boa e a despedida. Pois é... E olha que ela nem viu a despedida. Se tivesse visto, não teria me deixado nem dormir. São nessas minutos de irritação que minha mãe me causa, por questionar tudo que eu faço por conta do que os outros vão pensar ou não que me pergunto: “Será que alguém consegue ser feliz assim?”
Eu não consigo ser assim . Não consigo não me deixar viver por que alguém vai falar ou vai se incomodar com meu ato. Eu adoro me permitir! A-D-O-R-O!!! E eu me permito mesmo!
Fico pensando na vida e nas coisas e em tudo que me cerca. Tudo que quero, que não quero. Enfim... Por que eu sou assim. Esse tipo de gente que vive e deixa viver, mas que analisa tudo nos mínimos detalhes numa tentativa desesperada de não sofrer com as conseqüências dos meus atos. Mas quase nunca obtenho um resultado satisfatório.
Então, eu vivo e vivo mesmo, me permito cometer todos os erros possíveis. Um dia aprendo, ou não... Mas, não desisto! E estou aqui a tomar todos os banhos de chuva possíveis, a gritar com todos os trovões, a correr no meio da rua segurando a mão do meu melhor amigo, que sem ele eu não vivo, ou até vivo, mas não seria assim, tão bom como é! Por que eu adoro gritar com ele, contar com ele, cantar com ele, rir com ele, chorar cm ele... Pois é... Ele é sem duvidas o meu melhor amigo, amigo-irmão, desse tipo de amigo bem clichê, que é pra todas as horas. E tenho me permitido comer todos os pasteis de chocolates do mundo todo, que eu não to nem ai se to gorda, se to magra, me preocupo mais com uma diabete futura, mas parece que vai ser tão futura, que vou esperar daqui pra lá eu criar juízo e realmente me preocupar com isso! Pois é...
E enquanto isso estarei aqui pra ouvir todas as questões de caráter adulto que minha mãe insisti em tentar me enfiar goela abaixo. Quem sabe um dia ela perceba com seus 40 e alguns anos de experiência, que ela tem maturidade suficiente pra começar a aprender a respeitar os outros como são e como querem ser. Um dia ela aprende e percebe que eu não sou e aparentemente nunca vou ser a Sandy!

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Minha!













A vida e essa sua inconstâncias de tudo! De sentir, de estar, de se ter, de deixar... Nem sei. Mas eu queria parar e olhar pra mim e me ver de verdade, de um jeito que as coisas não me parecessem tão estranhas, tão indiferentes às coisas do mundo. Minha mãe sempre pediu pra eu mudar: pra eu falar mais baixo, pra eu sorrir menos, pra eu me expor o mínimo possível, pra eu ser mais discreta, mais organizada, menos amiga, mais alheia às coisas da vida. Eu, obviamente, nunca consegui! E por muito tempo me frustrei por conta desses detalhes que pareciam ser tão imensos, tão grotescos, tão visíveis aos olhos do mundo, mas nem sei. Um dia, me deu um estalo e eu decidi me abster das coisas do mundo e não ligar. Pensei no quanto eu não sou obrigada a agüentar! No quanto ninguém é obrigada a me agüentar e me libertei. Pena que apenas eu me libertei. Minha mãe continuou ali. Obsoleta em suas opiniões, decidida a me mudar, a me moldar a me fazer entender que ela estava certa e que eu estava tão errada. Droga! Nunca foi uma das minhas características ser obediente. É uma pena! Mas eu tentei! Juro que tentei... Apenas não consegui! Meu fracasso, a qual terei que carregar por toda a vida. Essa decepção que causei a minha mãe de não ser perfeita do jeito que ela queria. E eu sei o quanto ela sofre com isso. Por que dá pra ver no seu olhar. No seu belo olhar triste de mãe que só deseja o melhor pros filhos.
E se eu pudesse mesmo daria tudo que ela merece, por que o mínimo que eu podia fazer era isso... Mas é tudo tão mais complicado e completamente complicado por mim. Por que a gente é tão diferente, mas tão diferente que eu não consigo me permitir uma aproximação maior que a realmente almejada. Mas é que mãe é uma coisa assim tão divinamente importante. Que não devia mesmo ser permitida presenciar as tristezas do mundo, as tristezas da vida, as tristezas dos filhos que elas não podem fazer passar.
Só sei que quando ela me abraça eu vôo longe e que quando ela me dá um sorriso eu toco o céu. Por que não há no mundo ninguém com quem eu gostaria tanto de parecer quando eu crescer.
E talvez isso torne minha mãe tão especial pra mim: o simples fato de que por mais que eu não possa ser o que ela deseja que seja, ela está ali do meu lado, segurando minha mão sempre que preciso e quando não preciso também.
Minha sorte está justamente ai. Por que ela nem sabe, mas é a mulher mais bonita que já conheci! E eu a amo muito. A amo tudo... simples assim!