Ontem tive uma discussão daquelas com minha mãe, tudo por uma questão de hermenêutica. Cheguei em casa, muito bem acompanhada, diga-se de passagem. E obviamente que uma das melhores partes da noite se encontra ai, em frente de casa, dentro do carro, chuva, música boa e a despedida. Pois é... E olha que ela nem viu a despedida. Se tivesse visto, não teria me deixado nem dormir. São nessas minutos de irritação que minha mãe me causa, por questionar tudo que eu faço por conta do que os outros vão pensar ou não que me pergunto: “Será que alguém consegue ser feliz assim?”
Eu não consigo ser assim . Não consigo não me deixar viver por que alguém vai falar ou vai se incomodar com meu ato. Eu adoro me permitir! A-D-O-R-O!!! E eu me permito mesmo!
Fico pensando na vida e nas coisas e em tudo que me cerca. Tudo que quero, que não quero. Enfim... Por que eu sou assim. Esse tipo de gente que vive e deixa viver, mas que analisa tudo nos mínimos detalhes numa tentativa desesperada de não sofrer com as conseqüências dos meus atos. Mas quase nunca obtenho um resultado satisfatório.
Então, eu vivo e vivo mesmo, me permito cometer todos os erros possíveis. Um dia aprendo, ou não... Mas, não desisto! E estou aqui a tomar todos os banhos de chuva possíveis, a gritar com todos os trovões, a correr no meio da rua segurando a mão do meu melhor amigo, que sem ele eu não vivo, ou até vivo, mas não seria assim, tão bom como é! Por que eu adoro gritar com ele, contar com ele, cantar com ele, rir com ele, chorar cm ele... Pois é... Ele é sem duvidas o meu melhor amigo, amigo-irmão, desse tipo de amigo bem clichê, que é pra todas as horas. E tenho me permitido comer todos os pasteis de chocolates do mundo todo, que eu não to nem ai se to gorda, se to magra, me preocupo mais com uma diabete futura, mas parece que vai ser tão futura, que vou esperar daqui pra lá eu criar juízo e realmente me preocupar com isso! Pois é...
E enquanto isso estarei aqui pra ouvir todas as questões de caráter adulto que minha mãe insisti em tentar me enfiar goela abaixo. Quem sabe um dia ela perceba com seus 40 e alguns anos de experiência, que ela tem maturidade suficiente pra começar a aprender a respeitar os outros como são e como querem ser. Um dia ela aprende e percebe que eu não sou e aparentemente nunca vou ser a Sandy!