"O ímpeto do meu ser anseia liberdade...Vento no rosto... Gargalhadas sinceras... Espontaneidade... Olhares sedentos sempre em busca de si mesmo, do outro, da vida."
É entre as frestas das horas,
nessas noites frias e vazias, que me percebo em meio a solidão.
Sentindo o peso dos meus
pensamentos, da minha alma já tão cansada, dos tormentos, dessas vontades inacabadas
que persistem em meu coração.
Parece que felicidade é sonho distante,
daquelas épocas em que banho de chuva não remetia a nostalgia e a música que
tocava, embalava todos os momentos, vida a dentro, repetindo sempre e sempre,
me entorpecendo desse sentimento meio louco, essa alegria a toa que enche a
boca de gargalhadas bobas sem
explicação. É bem essa saudade que dá, essa que tô falando agora, que tô sentindo
agora. Essa saudade de sentir o aroma de vida, narinas a dentro, inflando meus
pulmões de ar. Essa saudade de ter os pés descalços correndo no chão frio e molhado,
indo sem rumo, de encontro ao incerto e mesmo assim tão paradoxalmente seguro.
É esse tipo de saudade, que me norteando de vontade, me faz procurar uma caneta as pressas, em meio
a toda a bagunça da minha mochila, buscar o primeiro pedaço de papel que tiver
estrategicamente disponível e compassadamente escrever:
- Nota mental: Deixar de
existir. Viver!
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