terça-feira, 18 de junho de 2013

Nota mental

"O ímpeto do meu ser anseia liberdade...Vento no rosto... Gargalhadas sinceras... Espontaneidade... Olhares sedentos sempre em busca de si mesmo, do outro, da vida."



É entre as frestas das horas, nessas noites frias e vazias, que me percebo em meio a solidão.
Sentindo o peso dos meus pensamentos, da minha alma já tão cansada, dos tormentos, dessas vontades inacabadas que persistem em meu coração.
Parece que felicidade é sonho distante, daquelas épocas em que banho de chuva não remetia a nostalgia e a música que tocava, embalava todos os momentos, vida a dentro, repetindo sempre e sempre, me entorpecendo desse sentimento meio louco, essa alegria a toa que enche a boca de gargalhadas  bobas sem explicação. É bem essa saudade que dá, essa que tô falando agora, que tô sentindo agora. Essa saudade de sentir o aroma de vida, narinas a dentro, inflando meus pulmões de ar. Essa saudade de ter os pés descalços correndo no chão frio e molhado, indo sem rumo, de encontro ao incerto e mesmo assim tão paradoxalmente seguro. É esse tipo de saudade, que me norteando de vontade,  me faz procurar uma caneta as pressas, em meio a toda a bagunça da minha mochila, buscar o primeiro pedaço de papel que tiver estrategicamente disponível e compassadamente escrever:

- Nota mental: Deixar de existir.  Viver!

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