sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Do lado de cá... Pro lado de lá...



Nessa noite chorosa de chuva, ele é a companhia mais intrigante pra ela. Eles trocam essas palavras a toa pelo computador e ele a responde com tanta eficiência que ela nem consegue duvidar.

O mais estranho é isso, entre tantas lagrimas e tantos desesperos, eles foram felizes.. Eles riram demais, se divertira, demais, se entregaram demais.

Ela ta aqui, chorando. E ele ta ali, com ela.

Ela ta aqui, boba e perdida. E ele ta aqui, segurando sua mão. Lhe fazendo rir...

Estranho como ele diz as coisas e elas fazem sentido, se encaixam perfeitamente e isso a irrita.

É ela sabe, eles se amaram. Se amaram muito. Se amaram “até o pó”... Com direito a momentos tolos, musicas, lugares e fotografias... E ela sabe que ele sempre esteve ao seu lado, nesse encontro de almas perdidas... Que quando ela ligou, ele veio. Quando ela ligou, ele foi lhe buscar. Quando precisou, ele a fez rir de piadas sem graça, contadas estrategicamente pra ela parar de chorar.

Ele e essa teoria maluca de que só se ama uma vez. Que ela não concorda nenhum pouco. Que já discutiram tantas vezes, juntos e separados. Ela, e suas indagações sobre quando, como e porque...

    - A gente era feliz, não era? A gente se amou, não amou?

    - Claro que sim... Sempre!

    - O que deu errado? Por que quando paro e penso em nós... Era tão bom!

    - Eu não tinha a maturidade que tenho hoje.

    - ...

    - Você é a mulher da minha vida.

Ele é importante, não mais como antes, mas, sempre terá esse espaço no coração dela. Na vida, não mais... Afinal de contas, eles trataram de estragar o que havia, né? Culpa dela, culpa dele... Mas, é isso mesmo. Agora, o que resta, alem de seguir em frente, é conversar por acaso, a toa, lembrar dos encontros nos banhos de chuva, do barulho da cozinha as 23:00hrs, das “caronas” na volta do trabalho, das batata-fritas... Das historias intermináveis que começavam meia noite de sexta feira e acabavam só no final de domingo. Eram tantas... Eram boas!

A conversa segue e ela não chora mais. Ele conseguiu mas uma vez. Ela esta em paz. Uma paz que só ele traz.

- Eu sempre estarei aqui pra voce. E eu sei que quando voce estiver bem, voce vai sumir novamente, não vai me dar noticias, que vou saber de voce pelos outros... mas... tudo bem. Não me importo. Sempre que precisar, estarei aqui... Como voltei quando voce pediu, de outra cidade... Como voltei quando voce pediu, de outro estado...

- ...

Ela não tem resposta a dar. Sabe que é verdade. Sabe que ele sempre esteve com ela, mesmo quando não devia. E o que era pra atormentar, acalma. E o que era pra complicar, alivia... “Será verdade mesmo tudo isso?”, é o que ela sempre pergunta... “Será esse sentimento de verdade?”, “Será?” Quem sabe, né?

O importante mesmo é que agora ela ri. E lá fora não chove mais...

E do outro lado, ele, ainda segura sua mão.

4 comentários:

  1. Essa minha amiga escreve e se expressa tao bem que, embora eu nao seja amante da leitura (porem, amo portugues), perco meu tempo e leio o que ela escreve... E hj estou lendo e comentando a partir do meu celular.... Que prestigio vc tem, heim, Ceisa? Hahahaha... Bjocas, FlOr_Do_DiA! ;)

    ResponderExcluir
  2. Que saudades dos seus escritos...
    Ela nesse texto é você não é? Tomara que sim...

    ResponderExcluir
  3. Rsrs... deveria ter matado minha curiosidade sobre o texto antes do ultimo, mas agora vejo que a pagina foi virada... virada para tras.
    Porém texto lindo muito boa sorte na nova jornada e esqueça os planos da ultima vez pois agora sabemos que os planos sempre foram esses que estao se firmando agora.

    ResponderExcluir