quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

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É olhar as nuvens cinzas na estrada, com aquela musica que me entorpece como se ao passo de cada minuto tudo pudesse acabar. Na verdade é só começo. E começa sempre por um ponto simples, sempre por um passo lento, sempre com um plano sem fundamento. Começo, que eu queria tanto que já fosse meio, totalmente desenvolvido, total, entre movimento, mas não é. E me conformo. Calmamente, como uma brisa na face e a primeira gota de chuva ao tocar o chão, a vida segue, compassadamente num ritmo que não se encaixaria, se acaso hoje, ainda fosse à mesma.

Me contenho, tentando não encher meu coração de lamentos. É que a vida prega peças. Nos mostra o que queremos antes mesmo de poder pegar. Eu fico aqui, sentindo vontade do que não existiu nem mesmo em meus sonhos mais bobos, em meus momentos mais simples. Minha tristeza é invisível, mas ela vive, bem aqui. Não é que eu vá morrer de infelicidade, mas afinal, quem quer ser infeliz por um segundo que seja? Eu quero apenas viver, nesses momentos bobos, com amigos bons, risadas tranquilas, viagens planejadas, vontades na alma e no coração. Chorar, eu até choro... Mas choro pra mim, choro pra dentro, a cada suspiro que dou

Eu prefiro assim, aqui dentro, aqui quente, aqui forte... Aqui, vivo! Por que eu estou assim... Vivendo e morrendo todos os dias. Vivendo e tentando, todos os dias. Vivendo e querendo todos os dias... Ate o dia que meu coração vai parar de tanto querer respirar...

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